sexta-feira, 30 de março de 2012

I've just seen a face

“I’ve just seen a face I can’t forget the time or place where we just met

Ele não conseguia esquecer. Cada pensamento ele lembrava de algo: do sorriso dela. Dela apoiando a cabeça no seu ombro. O quanto você queria fazer isso, por mais que fosse um pouco difícil por causa da estatura dele. Ele lembrava deles conversando sobre os assuntos mais aleatórios no meio da rua. Da conversa no supermercado. Da reação dela ao fato de ele por-a-mão-dele-na-dela. Do medo dele de estar sendo invasivo de mais. Do medo dela de perguntar o que significava tudo aquilo. Do abraço de despedida deles. Com tantos significados que eles ainda nem sabiam. Sobre coisas que eles estavam sentindo e que eles não sabiam direito o que era. Os sentimentos só estavam ali. E ele não consegue esquecer nem por um minuto. E ele sabe que ela também não consegue. E assim, cada coisa que ele vê e lembra dela e vice-e -versa os faz ficar com cara de bobos e com o coração acelerado. E eles se sentem bem. E eles se sentem seguros em se apoiar um no outro apesar dos desafios e dos imprevistos que existem. E ele tá feliz. Ela tá feliz. E eles tão felizes juntos e querendo. E isso é o que importa. 

“She’s just the girl for me and I want all the world to see we’ve met. Mm Mm ”

Hey There Delilah

"Don't you worry about the distance
I'm right there if you get lonely
Give this song another listen
Close your eyes"

E não importa o que esteja acontecendo. Não importa a quantidade de coisas que eu tenha pra fazer. É só você passar de relance na minha cabeça que o pensamento se torna você. E de repente todos os problemas e todos os stresses e preocupações se tornam tão pequenos e insignificantes que eu só quero ficar pensando na gente mesmo. E eu tinha medo  antes. Porque eu tinha prometido pra mim mesmo que eu não ia fazer isso de novo comigo. Porque eu sofri e fiz outros sofrerem por causa das minhas decisões egoístas e menti pra poder deixar as coisas mais fáceis para os outros e não para mim. Mas com você....é diferente. Eu não tenho medo algum. E eu quero que esses 22 dias passem voando. E é aquela história: A gente nunca deve prometer né? A gente sempre quebra a promessa. E quer saber?

"Listen to my voice it's my disguise

I'm by your side"

Eu não me arrependo. Nem um pouco.

"Oh it's what you do to me"

terça-feira, 27 de março de 2012

And here we go, again.

E eu quero falar o que eu sou e eu não posso. Porque você não pode falar pra ninguém até divulgarem as equipes. E as pessoas sabem que você sabe o que você é porque você tá feliz demais e você tenta disfarçar e não consegue, e perguntam o que você é e você quer dizer o que é mas não pode. E você quer que divulguem logo essa merda pra você não precisar mais esconder nada de ninguém. E que começar a ter reunião de equipe e tirar a foto do crachá e que chegue logo dia pra você ficar igual a um maluco correndo igual a uma barata tonta porque tem 999999 coisas pra fazer e chegar no final e vir aquela alegria sem tamanho de tudo ter dado certo e dever cumprido. e você feliz lá, porque consegui cumprir mais uma vez um dos trabalhos que te dá alegria em fazer. E você já quer que o final do ano chegue pra que te contem o que você vai ser e o que vai fazer e começar tudo denovo, over and over again.

quinta-feira, 22 de março de 2012

It's always paintful say good bye


E agora essa droga de episódio me fez lembrar daquele dia. Da nossa última conversa. Daquele seu último olhar de ‘vai ficar tudo bem’. Do meu medo por você, por mim, pela minha irmã. Pela forma como eu me sentia estupidamente impotente e me odiava a cada segundo por isso. Sobre como eu queria te proteger apesar de isso ser impossível e idiota da parte de um garoto de 15 anos pensar. Sobre como eu só dei um beijo de até mais tarde, sendo que não seria até um mas tarde e sim um para sempre. Eu me lembro do meu pai dizendo: “Pedro, para, aconteceu, acabou.” chorando e querendo que aquilo não tivesse acontecido tanto quanto eu. Eu me lembro do fato de que eu esqueci de tudo por aquele momento e apenas fui pra casa e ver você lá, no leito, fria, sem vida, mas com um sorriso, um sorriso de que tinha ido em paz e feliz de seu filho não ter assistido a sua passagem.
Eu me lembro da missa, onde todas aquelas pessoas que eu aprendera a respeitar e gostar se tornaram a minha segunda família. Eu me lembro de nenhum deles querer soltar a minha mão, nem se desvincular do abraço. Eu me lembro deles pedindo pra eu ter coragem e ter força enquanto eu simplesmente não me achava forte, tão pouco corajoso. Eu me lembro do funeral, onde eu não conseguia chegar perto de você. Em como eu queria que aquilo fosse apenas um sonho ruim e como eu queria acordar de uma vez e ver você sorrindo, fazendo alguma brincadeira como a gente sempre fazia.
Eu me lembro de como eu fiquei depois, como eu passei os primeiros meses mal, em como eu queria um tempo só pra mim, só pra pensar. E todos faziam questão de não me dar esse tempo por medo que eu fizesse alguma besteira. Eu lembro em como eu briguei com eles depois.
E agora isso tudo me volta a mente, mas de uma forma até certamente boa. Porque se não fosse por tudo isso, eu não seria quem eu sou hoje. Se não fosse por isso, eu não iria ter essa visão de mundo que eu tenho  .
Mas ainda assim, por mais que isso soe totalmente egoísta da minha parte, eu queria que você estivesse aqui comigo, eu queria que você me desse aquele abraço que eu tanto sinto falta. Eu queria que você risse das minhas histórias como você ria. Eu queria só poder ter conversado com você mais uma vez. Eu queria que você estivesse aqui, me vendo ganhar, chorando mas seguindo em frente assim como naquela primeira hora da saída do Elza Campos. Gritando: “Mãe! Eu consegui! Foi difícil, mais eu consegui!” Eu queria que você pudesse ver como eu tô feliz agora, como as coisas tem andando. Eu queria poder ouvir aquilo que você iria dizer. Eu queria. queria. Eu.
e.

Oração ao Tempo

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo …

E nos últimos dias eu não tenho conseguido dormir direito. Meia volta o seu rosto aparecia na minha cabeça. E eu fico pensando como seria se eu tivesse te beijado no dia em que a gente foi lá embaixo buscar a pizza. Como teria sido se eu resolvesse que ia sentar do seu lado no dia seguinte na pizzaria. E o ‘e se’ fica na minha cabeça o tempo todo. E ao mesmo tempo eu fico pensando como eu sou idiota. Porque o que importa é o agora. Apesar de eu estar aqui e você aí. O que importa é como eu fico bobo e feliz toda vez que eu leio ou releio alguma coisa sua. O que importa é como você me passa força pra fazer as coisas que eu não quero ou tenho pouca vontade de fazer sendo que elas são precisas. E aí eu fico pensando em como conseguir esperar mais, em como ter mais paciência com o tempo, em como querer você aqui e agora e te beijar e estar com você e brincar com o seu cabelo enquanto a gente está conversando numa roda de amigos como a gente fez na última vez. E como olhar pra isso tudo e ver que parece ser muito surreal pra ser verdade.

Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo….

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ask her if she wants to stay a while…

Sabe, eu não tenho conseguido nominar direito o que eu tenho sentido. Na verdade, tenho sim. Mas o medo de dizer a palavra e me machucar como eu já me machuquei ainda existe, por menos que ela seja agora. Mas o que eu sei é que é uma mistura de sensações boas quem me fazem bem e me deixam feliz. E eu quero me agarrar a elas e não pensar imediatamente nas consequências que elas vão nos trazer. E aí eu passo o dia todo de bem com a vida. Com praticamente nada me atingindo. E eu fico pensando em você e o dia passa rápido. E eu fico cantando mentalmente músicas que me lembram você. E aí tem a música. Aquela música que sempre fez um certo significado pra mim . Mas que agora, ela ganhou um significado totalmente novo e diferente e eu não quero estar só pronto pra cantar a música para você. E sim estar pronto para nós  dois cantarmos juntos. E é inexplicavelmente bom deitar na sua cama sabendo que você não é o único que vai ter dificuldade pra dormir porque você só consegue pensar em vocês dois enfim juntos e querendo juntos. E pensar em você me faz bem porque os últimos dias tem sido cansativos e estressantes e pensar em você deixa tudo bem mais fácil, sabe? 
E é isso o que importa no final do dia. Ter alguém que a gente quer e que quer a gente também. E tudo fica mais feliz . 

sábado, 17 de março de 2012

Querer

Eu quero. Na verdade eu to querendo isso mais do que nunca. Só que as vezes eu não sei se eu deixo isso claro pra você. E eu me sinto inseguro e bobo e com medo de que eu acabe fazendo alguma besteira, com medo de que você não queira mais. E é idiota da minha parte, eu sei. Porque você já deixou mais do que claro que você quer também. Mas eu ainda fico bobo e achando que é tudo bom demais, que isso deve ser um sonho que eu to com muito medo de acordar. E eu continuo aqui, e continuo querendo. É essa a palavra que a gente encontrou pra demonstrar o que a gente sente né?  Querer.

“Close your eyes and I’ll kiss you.
Tomorrow I’ll miss you .
Remember I’ll always be true.
 And then while I’m away
I’ll write home everyday.
And I’ll send all my loving to you”
Acho que isso diz tudo não? 

quarta-feira, 14 de março de 2012

I Want

É tudo muito confuso e estranho e feliz. E eu passo o dia todo pensando em você. Passo o dia pensando no que você deve estar fazendo, se você tá rindo, se você tá naquela mesma felicidade involuntária que eu tenho estado nos últimos dias. Porque eu passo e as pessoas perguntam se tem alguma coisa diferente. “O que aconteceu” ou por que volta e meia eu dou um daqueles sorrisos bobos e aparentemente sem sentido,  enquanto na verdade eu estou passando na minha cabeça o últimos acontecimentos over and over again. 
Não sei se agora eu tô parecendo o maluco, mas eu fico com medo também. Porque eu já vivi isso e doeu e eu tenho medo de que doa de novo. Mas eu não tô me importando, na real. Eu to vivendo. Vivendo e querendo. E eu sei que você quer, o que é bom. Porque é muito bom querer uma coisa que a outra pessoa quer também, E aí vocês passam a querer juntos. 
Então, eu fico me sentindo como se eu tivesse na pré adolescência de novo, ficando inseguro e escrevendo a mesma coisa umas 10 vezes sem saber se eu mando ou não.  E aí eu mando. E aí você responde. E vem aquela sensação estranha em que o seu peito acelera e bate forte e você tá feliz e o riso bobo volta a sua face.
E eu to assim. Você não é a única com buracos estranhos e erros e inseguranças. E talvez seja melhor assim, porque eu tapo os seus buracos e você tapa os meus, e aí a gente segue querendo junto e feliz, com as coisas bonitas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Three

The room’s hush, hush, and now’s our moment. take it in feel it all and hold it.” 

O que tá acontecendo com a gente?” - Disse ela, não havia um tom de desespero. Era um tom de…receio. Receio de eles poderiam machucar um ao outro. Não era nem um pouco fácil. Ele também se sentia assim. Mas eles tinham decido que eles queriam, então eles iriam tentar, make it happen, sabe? 
Sei lá. Só sei que é bom.”  - Ele se sentia feliz perto dela, e quando ele conversava com ela. E ela se sentia assim também. Quando eles estavam perto um do outro, os problemas da vida pareciam tão menores ou tão menos significativos do que felicidade eles viviam.
É. Eu também acho.

“Eyes on you, eyes on me. we’re doing this right.”

sexta-feira, 9 de março de 2012

Two


“Hoje na aula eu lembrei de você sabia?”- Ele disse enquanto mexia no seu copinho de sorvete. Ele nunca levava a colher a boca. Apenas brincando e esperando que o calor derretesse. - “Sério? Explique.” - Ela ria enquanto levava uma pequena colher a boca.
“Eu estava na aula lendo um texto sobre diferenças da língua. E aí o texto tinha a diferenças de sotaque e eu lembrei do seu.” - Disse ele rindo. - “Ah, nem vem! Meu sotaque nem é tão forte assim!” - Disse ela dando um pequeno empurrãozinho. Não para ele sair de perto dela, mas para que ele não a lembrasse que havia uma distância- por menor que fosse - que os separava.
“Nem é, mesmo. Mas é umas das coisas que me divertem em você.” - ele já havia ignorado totalmente o copo de sorvete e agora olhava para ela. - “É porque isso frequentemente acontece. Eu vejo você  nas coisas que eu vejo, nas coisas que eu leio…em tudo! será que eu tô ficando louco?” - Ela chegou mais perto dele nesse momento. Ela passa a mão pelo seu pescoço contornando-o - “Não.” - Disse ela cada vez mais próxima. - “Você não está. Ao menos, não sozinho.“ 

quinta-feira, 8 de março de 2012

One


“Por que você não me beijou naquele dia?” - Ela perguntou enquanto ele brincava com os cadarços do seu allstar que estavam sobre a perna dele. - “Eu não sabia se você queria. E você parecia insegura quanto a isso.” Ele falou naturalmente. - “Pois deveria!” - Disse ela em um tom ao mesmo tempo divertido e imperativo.
“Pois é. Talvez eu devesse ter beijado.” Disse ele chegando cada vez mas perto até chegar aos seus ouvidos. -“O ontem a gente não pode mais mudar. Mas o hoje ainda dá tempo.”

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cough Syrup

" Life it's too short to even care at all, oh"

Ele pôs cuidadosamente sua mão na dela. Ele tentou acalmar a si próprio. A verdade é que no dia anterior ele tinha vontade de ter dito muitas coisas que não disse. Ter feito coisas que não fez. E isso o deixava perplexo. Ela tirou rapidamente sua mão da dele e virou-se para conversar com outra pessoa por alguns momentos.

Ele apenas voltou a fazer algo no momento em que percebeu que ela estava distraída.

Suas mãos agora passavam pelo seu rosto. Um depois do outro, de uma forma devagar e uniforme. Ela não se mexe e ele tem medo de que ela esteja desconfortável com a situação, porém ele inexplicavelmente continua.

A conversa continua e alguém no meio solta uma piada engraçada da qual todos caem na gargalhada. Ela projeta o seu corpo pra frente e assim ele o faz. Tendo uma oportunidade aninhar cabeça sobre as costas dela por um momento.


Sua cabeça gira e ele continua tocando o seu maxilar e chega mais perto. Ela permanece imóvel. Ele tem medo de ela realmente estar desconfortável em perguntar o que estava acontecendo, ainda mais na frente dos outros. Eles, é claro, provavelmente já tinham notado o impasse.

Ele olha para ela e em determinado momento seus olhos se encontram. Ele não conseguia decifrar o que ela estava sentindo. E isso o deixava nervoso, Pois ele tinha medo de estar sendo completamente inconveniente.


Ela apoia sua cabeça sobre o peito dele. Enquanto ele brinca de fazer nozinhos em seu cabelo carinhosamente. Parecia que ao mesmo tempo todos estavam na sala e que só havia eles naquele momento. Seu coração estava pulsando forte e ele sabia que ela estava sentindo isso. Mas ele não se importava.

Porém não havia reação dela. Pelo menos, nenhuma que ele houvesse julgado como um sinal para continuar. Ele tinha medo de estar forçando as coisas. E por um momento tentou-se desvencilhar, ele não ia fazer nada que ela não quisesse. Ele não queria forcá-la a nada.

Enquanto ele tenta se desvencilhar ela o segura pelo braço e os dois se beijam. Os dois não sabiam o porquê não fizeram isso antes ou o porque tinham feito.

Mas ele sabia- e como ele sabia - que a vida era muito curta pra se preocupar tanto assim. Então, ele preferiu só viver.


 ”One more spoon of cough syrup now, oh”